quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Lyoto desabafa, cutuca Dana White e vê exagero de defensores de Shogun

Pouco mais de um mês depois de sua última luta, Lyoto Machida ainda está curtindo suas férias. Após um tempo nos Estados Unidos, passou por São Paulo para uma série de entrevistas para canais de TV. Mas a polêmica envolvendo sua vitória sobre Maurício Shogun no UFC 104 ainda o incomoda. Não consegue imaginar porque tanta gente duvidou do resultado.

Em entrevista ao, o campeão dos pesos meio-pesados do maior torneio de vale-tudo do mundo desabafou: “por duas vezes quase venci a luta, fui mais contundente”. Mais tranquilo após alguns minutos de conversa, Lyoto também falou sobre a recuperação da cirurgia na mão, estratégia de luta, preparação, sobre ter sido ferido pela primeira vez no MMA e sobre sua relação com a imprensa e com os torcedores. Ele ainda tranquilizou seus fãs do Pará e disse que não pretende deixar Belém para treinar.

Como está sua recuperação?
Lyoto Machida - Fiz a cirurgia no dia 30 de outubro, logo depois da luta, fiquei dez dias com gessos e com os pontos. Faz duas semanas que tirei os dois, agora estou com gesso móvel e fazendo fisioterapia. Só no dia 10 [de janeiro] vou começar a bater. Mas não paro nunca, sigo fazendo treino aeróbico e musculação para os membros inferiores.

O quanto acha que essa lesão pode ter afetado seu desempenho?
Esse problema realmente me incomodava há uns dois anos. Com o tempo, fui perdendo a confiança na mão esquerda. Não podia bater direito com ela. Se batia forte, ficava doendo por umas duas semanas. Era bater, fazer fisioterapia, tratamento. Batia forte, tudo isso de novo. Fiz um exame em São Paulo e o médico já tinha diagnosticado os fragmentos de ossos e a necessidade de cirurgia, uma raspagem no local. Mas resolvi fazer só depois da luta, pois já estava tudo marcado. Era a data perfeita, depois teria novembro e dezembro para me recuperar. A luta tinha de acontecer naquele momento, mas agora tenho condições de me sentir melhor.

Apesar de sua convicção na vitória, como você se sentiu ouvindo tantas críticas, tanta gente falando que o Shogun venceu?
No primeiro momento não estava acreditando [que todo mundo estava falando que o Shogun venceu], fiquei assustado, queria ver logo a luta de novo. No calor do momento, é difícil avaliar, dizer se foi isso ou aquilo. Ficou essa impressão porque ele venceu o último round. Foi estranho porque o público vaiou, o Dana [White, presidente do UFC] ficou falando que o Shogun venceu – não sei se por interesse pessoal ou o que –, então tudo isso gerou uma dúvida na hora.

E como passou essa sua impressão ruim?
Depois fui avaliar a luta junto com todo mundo, mas meu pai e o Anderson [Silva, campeão dos médios do UFC] já falaram na hora que tinha vencido: ‘os caras estão todos doidos, você ganhou e pronto’. Por duas vezes quase venci a luta, fui mais contundente, a iniciativa de terminar a luta foi sempre minha. O Shogun ficou mais segurando a luta, achou que tava ganhando...

Hoje em dia estou tranquilo com isso, muita gente me escreve falando que ganhei, muitos jornalistas especializados também me falaram e escreveram que eu venci. Eu ganhei esse combate e poderia até buscar outro desafiante. Mas se falaram tanto que essa foi uma luta polêmica, vai ser importante tirar essa prova.

Você se arrepende de sua estratégia ou de algo nela?
Minha estratégia foi boa. A questão é que o Shogun também bolou uma boa tática. Foi uma luta realmente dura, pois ele é um grande atleta, como sempre mostrou durante toda sua carreira. Não que tenha pensado em uma estratégia errada, mas tenho que estar sempre melhorando, procurando fechar os buracos que encontro.

Acredita que poderia ter feito algo diferente?
Para esse luta, o que poderia ser feito, foi feito. Cada luta é uma nova luta, uma nova preparação, uma nova estratégia...

Você espera o Shogun diferente na próxima luta ou acha que ele seguirá com a tática dos chutes baixos?
Não verdade, não posso me preocupar se Shogun vai vir dessa forma ou de outra. Ele vai ter uma estratégia, eu vou ter a minha. Vou estar muito bem treinado e tendo fechado os buracos que encontrei em relação à última luta. Se ele vier do mesmo jeito, estarei preparado. Lógico que vai fazer a diferença eu conseguir corrigir meus erros.

Acha que sua credibilidade como lutador pode estar arranhada?
De forma alguma, não acredito nisso. O trabalho não é só no dia de uma única luta. Tenho toda uma carreira, uma filosofia, uma doutrina que carrego que o pessoal continua admirando do mesmo jeito.

A pressão por conta de sua invencibilidade está ficando cada vez maior?
Não penso muito nisso. São as pessoas que falam sobre o assunto. Sei apenas que ninguém é invencível, posso perder um dia, faz parte do jogo. Um dia se ganha, outro dia se perde. Eu apenas não penso nesse momento. Mas é o que estou dizendo, não sou invencível, apenas tento melhor a cada dia.

O assédio da imprensa ou dos fãs pode ter atrapalhado sua preparação?
Fã nunca atrapalha. Nós, pessoas públicas, precisamos saber diferenciar as coisas. O fã tem o direito de bater uma foto, pedir um apoio, dar um abraço. Sempre é o momento para isso e não podemos reclamar. A imprensa é que às vezes não entende nosso momento. Mas sei que ela vive disso, das informações. Ela é muito importante para o nosso crescimento. Só temos de saber direcionar e gerenciar esse lado.

Hoje em dia estou tranquilo com isso, muita gente me escreve falando que ganhei, muitos jornalistas especializados também me falaram e escreveram que eu venci. Eu ganhei esse combate e poderia até buscar outro desafiante. Mas se falaram tanto que essa foi uma luta polêmica, vai ser importante tirar essa prova.

Você se arrepende de sua estratégia ou de algo nela?
Minha estratégia foi boa. A questão é que o Shogun também bolou uma boa tática. Foi uma luta realmente dura, pois ele é um grande atleta, como sempre mostrou durante toda sua carreira. Não que tenha pensado em uma estratégia errada, mas tenho que estar sempre melhorando, procurando fechar os buracos que encontro.

Acredita que poderia ter feito algo diferente?
Para esse luta, o que poderia ser feito, foi feito. Cada luta é uma nova luta, uma nova preparação, uma nova estratégia...

Você espera o Shogun diferente na próxima luta ou acha que ele seguirá com a tática dos chutes baixos?
Não verdade, não posso me preocupar se Shogun vai vir dessa forma ou de outra. Ele vai ter uma estratégia, eu vou ter a minha. Vou estar muito bem treinado e tendo fechado os buracos que encontrei em relação à última luta. Se ele vier do mesmo jeito, estarei preparado. Lógico que vai fazer a diferença eu conseguir corrigir meus erros.

Acha que sua credibilidade como lutador pode estar arranhada?
De forma alguma, não acredito nisso. O trabalho não é só no dia de uma única luta. Tenho toda uma carreira, uma filosofia, uma doutrina que carrego que o pessoal continua admirando do mesmo jeito.

A pressão por conta de sua invencibilidade está ficando cada vez maior?
Não penso muito nisso. São as pessoas que falam sobre o assunto. Sei apenas que ninguém é invencível, posso perder um dia, faz parte do jogo. Um dia se ganha, outro dia se perde. Eu apenas não penso nesse momento. Mas é o que estou dizendo, não sou invencível, apenas tento melhor a cada dia.

O assédio da imprensa ou dos fãs pode ter atrapalhado sua preparação?
Fã nunca atrapalha. Nós, pessoas públicas, precisamos saber diferenciar as coisas. O fã tem o direito de bater uma foto, pedir um apoio, dar um abraço. Sempre é o momento para isso e não podemos reclamar. A imprensa é que às vezes não entende nosso momento. Mas sei que ela vive disso, das informações. Ela é muito importante para o nosso crescimento. Só temos de saber direcionar e gerenciar esse lado.

Qual sua opinião sobre a volta do Tito contra o Forrest Griffin? Acredita que ele disputará o cinturão novamente?
Assisti e achei que ele estava fora de ritmo. Mas ele já teve o cinturão, foi campeão durante muito tempo, é uma lenda do esporte, mas precisa de mais algumas lutas para se adaptar melhor novamente.

O que está esperando da luta entre Anderson Silva e Vitor Belfort?
Eles são dois lutadores top. E é o que sempre falo: uma luta entre dois tops é muito difícil de premeditar, profetizar ou prever qualquer coisa. E nessa luta não será diferente. O Vitor é um cara que vem mostrando que está em um nível técnico muito alto, mas o Anderson é o maior lutador que existe na atualidade. Por isso, não consigo realmente prever o que possa acontecer.

Fique ligado no Blog da RAMUAII.

Fonte: www.uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário