Hunt pronto pra batalha: “Sangue vai cair”

O peso pesado Mark Hunt está pronto para chocar o mundo mais uma vez. O striker contrariou todas as possibilidades ao emplacar três vitórias seguidas no UFC, revertendo a má fase de seis derrotas seguidas no MMA, e o alvo da vez é Stefan Struve, no dia 26 de maio (UFC 146).

Conhecido pela trocação afiada, o ex-campeão do K-1 se mudou para os Estados Unidos para afiar seu jogo na American Top Team, e garante, em entrevista, que está cada vez mais adaptado às regras do MMA.

“A importância de treinar em uma equipe top é os benefícios que ela traz para o seu jogo, e ter caras tops te empurrando nos treinos o tempo todo. É uma bênção ter parceiros de treino com o (Antônio) Pezão, Thiago (Silva) e todos os caras da ATT”, disse.

“É duro, mas estou comprometido com a causa”, brincou o atleta de 38 anos, natural da Nova Zelândia, dono de um cartel com 30 vitórias em 43 pelejas de Kickboxing.

Struve venceu seis lutas por nocaute em sua carreira, mas, contra o veterano do K-1, o buraco é mais embaixo. Dono de 15 finalizações, o holandês pode buscar o jogo de solo diante de Hunt.

“Como em todas as minhas lutas, meus adversários descobrem rápido que só têm uma opção: tentar me colocar para baixo... Ou tentar (risos)”, adianta o atleta, que nocauteou o striker francês Cheick Kongo em sua última luta, no UFC do Japão.

O Japão, aliás, é o palco onde Mark alcançou suas maiores conquistas. O atleta migrou do Kickboxing para o MMA em 2004 e, embora tenha estreado com derrota, mostrou seu potencial.

Nas cinco lutas seguintes, todas com vitórias, bateu feras como Wanderlei Silva e Mirko Cro Cop, ambos no Pride.

“Sempre soube que eu era um atleta top e tive muito trabalho para chegar até aqui. Mesmo quando os fãs não entendiam porque eu fui contratado, eles viam que eu tinha talento (risos)”, explicou.

Embora esteja menos rankeado que atletas como Frank Mir, Cain Velasquez e Fabrício Werdum, o neozelandês foi um dos nomes mais pedidos para substituir Alistair Overeem na disputa de cinturão contra o brasileiro Junior Cigano, também no UFC 146.

“Foi bom ver que eu tenho o apoio dos fãs, e foi divertido por um tempo”, disse, sonhando com uma oportunidade pelo cinturão mais concorrido do planeta.

“Espero ter a chance de dividir o octagon com o melhor do mundo, eu sempre quis essa oportunidade. Não estou aqui para construir um bom cartel, estou aqui para entrar em uma batalha. Ganhando, perdendo ou empatando, sangue vai cair, seja meu ou do meu adversário”.

Fonte: www.tatame.com.br