quarta-feira, 30 de maio de 2012

Team Wand explica ‘goleada’ no TUF Brasil



Fabrício Werdum, Rafael Cordeiro, Renato Babalu e André Dida. Nomes de peso não faltaram ao time azul, liderado por Wanderlei Silva, na primeira edição do The Ultimate Fighter Brasil. No entanto, mesmo com a qualidade do esquadrão, os jovens atletas da equipe levaram a pior diante dos comandados de Vitor Belfort, que fizeram 7 a 1, e obrigaram a produção do reality show a promover trocas entre os elencos.

Em entrevista os integrantes da equipe de Wanderlei, incluindo o próprio, a fim de buscar explicações para tamanha disparidade no placar. Cada um deu sua versão, mas todos fizeram questão de ressaltar que, em termos de qualidade, o time azul era semelhante ao verde.

Sem entrar muito em detalhes, o “Cachorro Louco” preferiu exaltar o potencial de seus pupilos e afirmou que o mais importante foi revelar jovens valores, como John Macapá, eliminado por Rodrigo Damm, na categoria pena.

“Os caras estão ganhando e os outros perdendo. Todos os atletas estão de parabéns, lutaram bem. Até os que perderam, perderam por uma diferença muito pequena, em lutas muito parelhas, tirando uma ou duas...

O Macapá enfrentou um cara (Rodrigo Damm) com experiência internacional. Era um cara que ninguém tinha visto e nem sabia que existia. O (Cezar) Mutante é uma realidade, está no circuito há um tempo e fez uma luta pau a pau com o (Leonardo) Macarrão. Têm muitos caras que nem o Macapá, que estão por aí, mas ninguém conhece. Cabe a nós e a mídia descobrir novos Macapás, Jasons, Massarandubas... Tem que abrir os holofotes para essa galera aparecer e continuar colocando o Brasil no topo do mundo”.

Treinador de Wanderlei Silva na King’s MMA, Rafael Cordeiro seguiu a mesma linha do ex-campeão do Pride. Segundo ele, atletas como Rony Jason, único representante do time a vencer, terão um futuro brilhante e frisou que formar um grupo unido foi a grande principal conquista alcançada.

“É difícil achar desculpas e explicações nesse momento. Lutadores e treinadores se doaram ao máximo.

Infelizmente a vitória não apareceu, mas todos brigaram até o fim. Todos os atletas que o Wanderlei escolheu demonstraram coração de ouro, de guerreiro, isso foi o mais importante. Mesmo com as derrotas, formamos um grupo conciso. Essa foi a grande marca do time, que tinha uma qualidade excelente, com caras que vão despontar. Tem uma garotada nova que o mundo vai ouvir falar bastante. Independente de vitória ou derrota, todos vão ter portas abertas em qualquer academia, inclusive na minha”.

Peso-pesado do Ultimate, Fabrício Werdum foi o responsável por apurar o Jiu-Jitsu do time azul. Além do pouco tempo para treinar e conhecer as características dos participantes, o gaúcho acredita que muitos não escutaram os conselhos vindos do córner e agiram da maneira que quiseram durante os duelos.

“A minha opinião é que não conhecíamos direito os atletas, mas o outro time também não. Senti que a galera não escutou tanto o córner, o que é muito importante. Acho que a galera não fez isso por mal, mas já tinha o plano na cabeça, de como lutar, de qual estratégia iria fazer. O pessoal não escutava muito o que a gente pedia. Não foi por falta de respeito, mas isso fez a diferença. De repente, do outro lado, escutaram o córner. Eu, quando luto, tento escutar ao máximo o Rafael Cordeiro para não perder o momento certo de executar uma posição. Tivemos pouco tempo de treino também, já que 45 dias para se adaptar é pouco”.

Recrutado para afiar o Boxe dos lutadores, André Dida enxerga outra explicação. Para ele, o fato de alguns atletas terem passado pela peneira e entrado na casa gerou uma sensação de dever cumprido.
“Na minha opinião, a gente tinha que ter começado escolhendo, casando as lutas. Isso tem uma importância grande, mas, ao mesmo tempo, lá dentro todo mundo é igual: mesmo peso, cada um com a sua categoria de luta e estilo. Não sei o que aconteceu, mas acho que ver o Vitor ganhando uma, duas, acabou afetando os atletas porque parecia que já tinham passado pelo que precisava. Nossos atletas deram a vida para entrar na casa, mas chegando lá se acomodaram, ficaram tranquilos por já estarem dentro. Não foram todos, mas alguns tiveram esse pensamento errado. Não pode ficar tranquilo ali”.

No início do TUF, Wanderlei Silva ganhou o direito de ser o primeiro a escolher um atleta ou casar a luta inaugural do programa. Ele optou por Rony Jason e o outro benefício foi parar nas mãos de Vitor Belfort, o que, para Renato Babalu, foi algo determinante para a goleada.

“Acho que erramos, ficamos emocionados na hora de escolher um lutador ou casar a luta. Esse foi o fator principal. O único lutador que eu conhecia era o Pé de Chumbo, com quem já tinha treinado. Não tem como ensinar nada em três ou quatro semanas. Estamos ali para auxiliar. Pegamos os caras que tiveram boas atuações nas eliminatórias, mas eles não corresponderam bem na casa. O time do Wanderlei era mais leve, nossos atletas subiram de peso para poder lutar e os do Vitor desceram. Mas isso não é desculpa”.

Fonte: www.tatame.com.br

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