terça-feira, 12 de julho de 2011

Maldonado espera “desossar” um top da categoria na próxima luta pelo UFC



Fábio Maldonado não está nada satisfeito com o atraso na carreira que a derrota para Kyle Kingsbury em sua última luta no UFC causou. Depois de uma vitória convincente no UFC 120, em 2010, o brasileiro se viu longe do bolo dos meio-pesados quando perdeu no TUF Finale, em junho, e agora quer mostrar que pode brilhar na organização.

Rumo ao Rio de Janeiro, onde vai ajudar Rogério Minotouro para a luta no UFC 133 e Rodrigo Minotauro para o UFC 134, Maldonado espera ter uma resposta sobre seu próximo compromisso em breve. Seja contra quem for.

O Alex Davis [empresário] me falou que entre 20 dias a um mês vai ter um adversário para mim, não sei ainda. Queria pegar o Dan Henderson, nocauteá-lo, o Quinton Jackson... quem me botar pra lutar, a luta tá marcada. Quem mais tem aí, tem o Stephan Bonnar... quero desossar um deles. Não acredito que tenha um cara mais duro do que eu no UFC, e vou provar isso ainda, para mim mesmo, não para qualquer outra pessoa”, afirmou o lutador.

Maldonado também é muito requisitado para ajudar nos camps de outros lutadores. E no Team Nogueira suas habilidades são ainda mais requisitadas. Para a luta de Minotouro contra Rich Franklin no dia 6 de agosto ele aposta num nocaute.

Estou indo para o Rio ajudar mais o Rodrigo do que o Rogério, que já está na fase final dos treinos. Treinei com o Rich Franklin na Blackhouse e senti que ele tem qualidades, bom wrestling, chutes, não é bobo no chão... mas o Rogério é bem melhor que ele, é outra parada, vence por nocaute. Acredito que ele vá se apresentar com um bom punch e com um bom trabalho de distância”, analisou.

Oriundo do boxe e invicto em mais de 20 lutas no esporte, Fábio Maldonado reconhece que, assim como Minotouro e boa parte dos brasileiros, o wrestling é seu calcanhar de aquiles, e que pretende trabalhar ainda mais para sanar a deficiência.

Não sei o que vou fazer em relação ao wrestling. Vou continuar com alguns brasileiros, mas se fosse treinar nos EUA seria com um time júnior, até eles me botariam pra baixo um monte de vezes. Tem que ser uma escadinha, não posso pegar um Cain Velasquez, nem faz bem, me derrubaria tanto que eu ia me machucar. Se não fossem os treinos do Christopher Led, eu seria quedado umas ainda mais vezes [na luta contra Kingsbury], mas só 30 treinos não faz milagre”, comentou.

Maldonado também se disse preocupado com a situação atual do boxe brasileiro.

Outro problema aqui é o boxe. No wrestling é mais, claro, mas precisamos ter mais gringos treinando boxe. Temos 3 mil brasileiros ensinando jiu-jitsu na América e quantos temos ensinando boxe aqui? O país aprendeu pouco e acha que sabe muito, acha que tem muito cacique pra pouco índio. Melhorariamos muito tendo cubanos, búlgaros e americanos no wrestling, e no boxe teria que ser os americanos mesmo, lá é o melhor boxe do mundo”, completou.

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