Já faz tempo que os judocas brasileiros reclamam de falta de apoio financeiro da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Mas o problema parecia estar resolvido através de um acordo selado entre dirigentes e atletas durante a etapa de Belo Horizonte da Copa do Mundo da modalidade, em julho deste ano.
Naquela ocasião, os judocas enviaram uma reclamação formal para a entidade ameaçando não lutar com a logomarca da Infraero no quimono. Sob pressão, a confederação aceitou fazer uma reunião para resolver o problema.
De acordo com um critério criado pelos próprios judocas, ficou acertado o pagamento de um salário, de cerca de R$ 4 mil, aos atletas mais bem colocados no ranking e aos medalhistas em Mundiais ou Jogos Olímpicos. Ao todo, 18 lutadores podem receber o benefício.
Porém, após nova divergência, os atletas ameaçam boicotar os patrocinadores da entidade durante o Mundial de Amsterdã, que será disputado entre os dias 15 e 24 deste mês.
Eles garantem que o primeiro pagamento foi prometido para esta segunda-feira, mas o presidente da CBJ, Paulo Vanderlei, desconhece a data. "Não está definido que este pagamento seja agora", disse o cartola à Folha de S. Paulo.
"Não quero estipular um prazo inicial para não ficar compromissado com os atletas. Até porque, tudo que certo, eu cumpro", afirmou Paulo Vanderlei.
O dinheiro destinado aos atletas vem dos patrocinadores da confederação (Infraero, Mizuno e Scania) e de recursos da Lei Piva. A delegação brasileira que disputará o Mundial de Amsterdã contará com 14 judocas - sete no masculino e sete no feminino.
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